Ilustração por Peter Oumanski

Post por Markham Heid
Ilustração por Peter Oumanski para revista TIME

Meditar realmente vale a pena?
Com certeza. Aqui o porquê

Em primeiro lugar, entender que “meditação” é um termo genérico para um grande número de diferentes atividades mentais, muitos dos quais não têm nada a ver com sentado de pernas cruzadas no chão dizendo om.

“Existem milhares de diferentes tipos de meditação,” diz o Dr. Andrew Newberg, neurocientista da Thomas Jefferson University Hospital e autor do livro “ Words can change your brain” (Palavras podem mudar seu cérebro). Mas, enquanto as práticas meditativas vêm em todas as formas e estilos, Newberg diz que quase todas elas têm pelo menos uma coisa em comum: envolve em focalizar a sua atenção, um hábito que tem sido marginalizado por nosso estilo de vida de estar o tempo inteiro conectados no mundo digital.

“Esse foco pode ser em uma palavra ou objeto ou um movimento físico”, explica Newberg. “Mas independentemente do tipo de focalização envolvida a meditação ativa o lobo frontal do cérebro, que está envolvido na concentração, o planejamento, a fala e outras funções executivas, como a resolução de problemas.” Estudos têm demonstrado que a meditação pode reforçar todas essas tarefas mentais. Mas os maiores benefícios podem surgir a partir da interação entre os centros de foco do seu cérebro e seu sistema límbico-um conjunto de estruturas que gerem as suas emoções e regulam a liberação de hormônios de estresse e de relaxamento.

“Estudos sugerem que o sistema de excitação do seu corpo se acalma, e o fluxo de hormônios relacionados ao estresse é reduzido [pela meditação]”, Newberg explica. “Há também um efeito de abrandamento quando se trata de respostas emocionais.” Assim como levantamento de peso permite seus músculos levantar uma carga mais pesada, trabalhar seu cérebro com a meditação parece fortalecer a sua capacidade de lidar com a carga emocional da vida. Esse efeito de diminuição de estresse atribui a meditação a melhora do humor e a taxas mais baixas de doenças cardíacas, insônia e depressão.

Newberg diz que há também algumas evidências de que a meditação aquieta a área do cérebro que controla o sentimento de eu e sua relação com os outros. Isso pode soar como uma coisa ruim, mas essa quietude pode ajudá-lo a se sentir mais conectado com os outros e menos isolado dentro de si mesmo, diz ele.

“Basicamente, a meditação ajuda o seu cérebro a sair do seu próprio caminho”, acrescenta Dr. Judson Brewer, um psiquiatra de Yale School of Medicine. “Ele ajuda você a escapar de preocupação.”

Uma vez que você está convencido de que meditar vale a pena tentar, descobrir o tipo certo para você é importante, porque os benefícios tendem a se materializar apenas se você gosta da sua prática o suficiente para se beneficiar dela, diz Brewer. Felizmente, você tem um monte de opções – de Meditação Transcendental para Tai Chi. Até yoga conta, porque você concentra sua mente e bloqueia a distração.

Mindfulness é um estilo de meditação que está super popular, em grande parte porque ele pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer momento, diz Brewer. “É principalmente sobre ser consciente de seus pensamentos e não correr atrás deles em sua mente”, explica ele. A consciência é uma cunha que, com a prática, você pode colocar entre seus pensamentos e suas reações emocionais não saudáveis, diz ele.

Esse tipo de vaga linguagem, semi-abstrato pode fazer a meditação parecer espinhosa e inacessível, mas é mais fácil do que você pensa. Se você quer um simples gosto de meditação, Brewer sugere focar sua mente em sua respiração ou em um objeto próximo, reorientando-a quando ele se afasta. “Sua mente divaga, e você a traz de volta”, diz Newberg. “Essa é uma flexão mental.” Faça bastante flexões mentais, e você pode se surpreender com o quão forte o músculo da sua mente pode ficar.

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