By Patrícia Sobrinho
Um lindo trabalho fotográfico, são crianças praticando yoga com interferência artística nas posturas para deixar mais lúdico e fazer uma conexão do digital com o físico.
A nova geração de crianças já nasceu num universo digital, com muitos dispositivos eletrônicos, aplicativos, jogos virtuais e pouca interação humana.
Alguns índices servem de alerta para essa geração, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil é o segundo país do mundo em números de cirurgias plásticas e o público jovem é o que mais faz parte desse grupo. Em 7 de abril de 2011, o jornal Folha de S. Paulo noticiava a venda de sutiã com enchimento para meninas de seis anos.
A febre consumista é destaque nas lojas repletas de Baby Alives e de iPhones como sugestões de presentes para as crianças, a sociedade impõe desde cedo um bom status social. Na escola o aluno deve tirar nota boa, mesmo não aprendendo nada e os pais pressionam a criança para escolherem uma profissão que dê dinheiro. Não ensinam as crianças a lidarem com as emoções, expectativas, sonhos e em alguns casos as frustrações e os impulsos viram atos violentos.
Porém, essas crianças da geração digital podem encontrar ferramentas através da prática do yoga para lidarem com as emoções, se conectarem com o momento presente, escutarem a respiração em momentos de nervoso, respeitar os limites do corpo e da mente, encontrar o equilíbrio, ter contato com a natureza e se permitir sonhar com leveza.
Essas ferramentas podem ser adquiridas na pratica do yoga. As crianças ganham um suporte para manter uma qualidade de vida equilibrada e terem atenção plena em cada fase da vida para crescerem com a doçura da infância, serem guerreiros emocionais e criativos para unirem a tecnologia e as práticas manuais a favor do seu crescimento.
O registro fotográfico vai mostrar crianças praticando yoga com intervenções artísticas para simbolizar a leveza, doçura, força e criatividade que permite essa conexão do digital com o real em equilíbrio.
As crianças colocaram as mãos e os pés na terra e participaram da produção, escolha dos locais, intervenções artísticas e uma apoiou a outra na execução da postura com muita leveza e sorrisos. Nesse contexto é importante lembrar sempre de uma frase da cartunista Lynda Barry, “Nessa era digital, não esqueça de usar suas digitais!”.