Mariana Rocha, nossa fundadora, teve a linda oportunidade de entrevistar Lia Diskin, co-fundadora da Associação Palas Athena, um de nossos incríveis parceiros nesse movimento de inspirar pessoas à seguirem um caminho de transformação e crescimento pessoal. Lia que também foi representante oficial da santidade Dalai Lama na América Latina antes da Tibet House, nos conta sua trajetória de vida, suas motivações e objetivos, uma história inspiradora! Confira a entrevista.
Jornalista com especialização em crítica literária de formação, Lia passou parte de sua juventude no período da ditadura na Argentina, sem muito acesso a filosofias orientais. Entretanto, com a oportunidade de viajar ao Oriente, se aventurou à estudar tais filosofias com afinco, se especializando nos filósofos Nagarjuna e Kamala Shila no Centre for Tibetan Studies da Library of Tibetan Works and Archives em Dharamsala, Índia.
Ela se encantou com a diversidade de pensamentos quando chegou ao Brasil e se deparou com uma riqueza cultural voltada a celebração da natureza e tradições ancestrais, como a umbanda e o candomblé como ela mesma cita durante a entrevista e também a grande quantidade de orientais vivendo em várias vertentes de suas tradições. No Brasil, juntamente com seu marido, funda a Associação Palas Athena.
“O que se faz aqui na Palas Athena é muito mais uma ECOsofia do que uma FILOsofia, ou seja, o pensamento que não se traduz em ação simplesmente não é possível de ser verificado na sua pertinência, na sua validade, na sua fecundidade, na sua capacidade transformadora e também na sua capacidade inspiracional” diz Lia.
A idealização da Palas tinha o cunho de não apenas informar, mas também inspirar as pessoas a agirem, com aulas, palestras e dezenas de projetos socioeducativos que eles produzem.
“O saber nunca é autoral, o saber é da humanidade” Lia explica que nosso conhecimento é resultante de milhões de variáveis, podemos direciona-lo, articula-lo, mas não nos pertence, portanto não podemos dizer que somos autores.
Lia Diskin é detentora de inúmeras premiações, entre elas: o Prêmio por sua contribuição na área de Direitos Humanos e Cultura de Paz recebido na comemoração dos 60 anos da UNESCO; o Prêmio Internacional da Jamnalal Bajaj Foundation, da Índia, por sua contribuição na promoção dos valores gandhianos; o Prêmio Trip Transformadores 2010. Também é editora de mais de 50 obras de autores consagrados, autora e coautora de uma dezena de livros, sendo os mais recentes: “Vamos Ubuntar? Um Convite para Cultivar a Paz” (UNESCO) e “Cultura de Paz – Redes de Convivência” (SENAC). Coordenadora do Comitê da Cultura de Paz, uma parceria Palas Athena e UNESCO. Conselheira do Sarvodaya International Trust e membro do Conselho de Administração desde Janeiro de 2012.