Quando paro pra pensar, foi há mais ou menos 15 anos quando ouvi falar com mais detalhes sobre o triathlon. Um conhecido praticava e tinha um treino insano, dia-a-dia na academia e nas ruas – me lembro que fiquei impressionada com tanta dedicação e cobrança que ele se submetia. Com certeza naquela época, este seria o esporte mais desafiador para mim! (principalmente no meu caso, que se exercitava com caminhadas diárias).
O tempo foi passando, e entre uma caminhada e outra, eu arriscava um trote leve. Após incentivos de amigos, comecei a treinar em assessoria esportiva e participar de provas de rua. Os treinos foram evoluindo e aqueles 5k já não eram mais o suficiente, até chegar nos 21k (meia maratona), foi quando me dei conta que a paixão pela corrida já me tirava da cama às 5h30 da manhã e também das baladas aos sábados!
Por questões pessoais, mergulhei a fundo nos treinos de corrida, me inscrevendo para o primeiro grande desafio da minha vida: a Maratona do Rio de Janeiro. Mais engajada que nunca, comecei a fazer fortalecimento e até natação para adquirir mais resistência. E foi assim que tudo começou…
Passado o grande desafio, chegou a hora de adicionar os treinos de ciclismo na rotina e tirar aquela idéia de que o triathlon estava muito além do meu potencial.
Hoje, já posso me intitular como uma triatleta amadora – treino as 3 modalidades há 1 ano e a cada dia aprendo mais com esse esporte que virou meu “vício do bem”. Nesta coluna, pretendo escrever sobre práticas e experiências no esporte – tanto para os curiosos, como para iniciantes que precisam de um incentivo a mais, porém a finalidade desta matéria, não é contar como ou porque eu decidi fazer o triathlon, mas inspirar as pessoas a alcançar seus objetivos que à princípio pareciam impossíveis, ou então à ultrapassar certos obstáculos que nós mesmos colocamos em nossos caminhos.
Eu, Kika, posso garantir para vocês que o mais importante do triathlon não é o ato de nadar, pedalar ou correr, nem pela competição, nem pelas medalhas – se trata de um esporte encantador porque praticamos o autoconhecimento acima de tudo. Conhecemos nossos próprios limites, do corpo e da mente. Entramos em contato com a natureza – com o mar, com a terra. Conhecemos pessoas que estão na mesma sintonia e que torcem pelo nosso sucesso!
No início tive muitas dificuldades por achar que nadar em alto mar seria como nas raias da piscina ou de imaginar que andar numa bike de triathon era como a “Caloi Ceci”! E principalmente, o maior erro foi pensar que correr seria fácil como sempre foi. Até seria, se a etapa da corrida não viesse com o cansaço e desgaste da natação e do ciclismo (as primeiras modalidades da prova)!
Aproveitando o “gancho” de estar falando aqui no portal Quero Harmonia, vale a pena dizer que praticamos muito a resiliência, desde o momento em alto mar, até a possibilidade de um pneu pode furar em plena prova! Acredite, você vai ter que parar, respirar e se concentrar para achar a melhor estratégia nesta hora – enquanto isso, o seu tempo vai baixar e mesmo chateado, você vai levantar a cabeça e seguir em frente e no fim, vai se sentir orgulhoso de completar mais uma prova e ter conquistado seu objetivo apesar das dificuldades!
Resumindo, eu posso dizer que a escolha pelo triathlon foi repentina e apaixonante – com ele, aprendo muito sobre o autoconhecimento, saúde e a importância da boa alimentação. E #ficaadica: é impressionante como as dificuldades do dia-a-dia aparecem, mas se tornam mais leves quando praticamos esporte e nos desafiamos com coisas tão benéficas em nossas vidas…
O esporte muda o Mundo!